Na manhã de quinta-feira, dia 5 de outubro, o Simenorte, Cipem, FIEMT e Sesi, realizaram uma reunião virtual para os empresários do setor de base florestal de Mato Grosso. Essa iniciativa objetivou esclarecer dúvidas sobre as adequações solicitadas pelo Ministério Público do Trabalho. Essas adequações tratam-se de adequações estruturais e funcionais que as empresas precisam realizar, visando a saúde e bem-estar do colaborador.
O presidente do Cipem e Simenorte, Ednei Blasius, destacou que há um diálogo com os órgãos federais, justamente para mostrar que existe esse esforço das empresas. ‘Enquanto Cipem já estivemos em Brasília com o Ministério do Trabalho. Já apresentamos o Base Segura. Também explicamos as nossas dificuldades”, argumenta.
Ednei explica que atualmente o Cipem possui 450 associados, mas, inicialmente a entidade possui capacidade para atender 205 associados com esse trabalho. “Através do Base Segura estamos atendendo 205. Já foi feito todo um cronograma que está sendo seguido”, pontua.
Justamente por conta da limitação do Cipem, há esse pedido para alongar os prazos. “O próprio ministro nos atendeu. Vamos manter o diálogo para conseguir mais prazos e assim, vamos apoiar os nossos empresários”, argumenta.
Ednei lembra que os maiores interessados nessas adequações são os empresários, porém, cada empresa tem sua realidade social e econômica. “Os nossos empresários estão se esforçando. Cada um dentro da sua realidade está trabalhando e buscando melhorias”, afirma.
O Projeto Base Segura, que é uma proposta do Sesi, vem para realizar um diagnóstico nas empresas, e, a partir deste momento, cada empresário busca efetivar os apontamentos. Basicamente é realizada uma primeira visita a madeireira para coleta de dados. Depois de 30 dias é elaborado um plano de ação, e sem seguida é realizada a entrega do plano de ação.
Depois de entregue o plano o empresário terá 120 dias para fazer as adequações. Na sequência, vem a segunda visita para coleta de dados e apreciação de risco. Na sequência a empresa terá 30 dias para fazer novos ajustes e na sequência vem a terceira visita para entrega da apreciação de risco.
A Gerente do Sesi, Unidade Sinop, Edina Scheid, destacou que as empresas da área de atuação do Simenorte têm sido muito participativas. “Estamos com várias ações. O Simenorte conta com associados engajados, que estão aderindo ao projeto. As empresas tem vindo nos procurar”, pontua.
A Gerente do Instituto Senai, Patrícia Martins, destaca que um dos focos do Base Seguro é a Norma Regulamentadora (NR 12), que trata justamente da segurança no trabalho. Ela explica também que é preciso fazer uma apreciação de risco, inclusive, de como está o status de funcionamento das máquinas.
“Uma empresa que estava interditada, mas depois de ingressar no Base Segura, logo conseguiu retomar suas atividades”, explica. Patrícia explica que, neste momento, será preciso um investimento por parte dos empresários, mais que é algo pontual.
O presidente do Simenorte e Cipem, finalizou ao citar o alinhamento e envolvimento dos playeres do setor. “Os empresários e associados estavam preocupados. Depois deste encontro de hoje eu entendi que precisamos confiar na instituição que contratamos e esse é o caminho que estamos formatando. Essa melhor comunicação, esse feedback mais rápido, vai ajudar muito as pessoas. Foi isso que conversamos em Sinop e era isso que eu queria trazer pra cá”.