Os dias 20 e 21 de junho entrarão para a história do setor de base florestal de Mato Grosso. Foi nesta data que Alta Floresta recebeu, pelo segundo ano consecutivo, mais uma edição do Dia na Floresta, que em 2024 chega à sua quinta edição, que foi realizado na Fazenda Vaca Branca.
Na prática, o Dia na Floresta tem como objetivo mostrar aos participantes como o setor de base florestal consegue, de forma eficiente, conciliar conservação ambiental com a geração de emprego e renda, e respeitando a legislação ambiental.
Neste ano, o Dia na Floresta recebeu autoridades de várias regiões de Mato Grosso e do Brasil. Entidades e órgãos como o Ministério do Meio Ambiente, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a Polícia Federal, a Polícia Judiciária Civil, a Polícia Militar, o Ministério Público do Trabalho, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/MT), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDEC/MT), o CONAMA, dentre outros, estiveram presentes.
Participante do evento, a representante do Conselho Nacional de Meio Ambiente pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Patrícia Boson, destaca que o setor de base florestal de Mato Grosso se tornou um exemplo para o Brasil. “Mato Grosso está de parabéns pelo trabalho. Que essa iniciativa possa servir de exemplo”, reconhece.
Ainda segundo Patrícia, o setor de base florestal mostra a importância de manter a floresta em pé. “É a questão de colocar valor na árvore em pé, e assim a gente pode preservar. O manejo é uma ferramenta excelente”, parabeniza.
Segundo Patrícia, o setor de transportes, assim como o de base florestal, são importantes para o Brasil. Ela pontua que, enquanto representante da CNT, é muito gratificante para o setor poder participar deste trabalho da base florestal, que, segundo ela, ambos os segmentos econômicos orgulham os brasileiros.
A secretária de Estado de Meio Ambiente (SEMA/MT), Mauren Lazaretti, destaca que hoje o setor florestal de Mato Grosso é referência mundial em sustentabilidade. “Aqui nós vimos que é possível aliar produção com sustentabilidade. O manejo florestal é uma iniciativa que permite exploração a floresta, agregando valor ao produto, inclusive mantendo a floresta em pé”.
Mauren pontua que o setor de base florestal de Mato Grosso é referência, e isso mostra o trabalho dos empresários caminhando junto com a SEMA. Para Mauren, essa parceria que une o setor produtivo e o órgão ambiental é fundamental para que seja possível estabelecer políticas públicas que garantam o empreendedorismo do setor. “Temos trabalhado de forma conjunta, e o resultado está aqui”, pontua.
Outro player importante dentro deste processo do manejo florestal sustentável é o Sistema FIEMT. “É um momento histórico. Estamos aqui para apoiar esse setor, que gera emprego e renda. Os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar um plano de manejo na prática, e isso é de um valor incalculável”, pontua Sílvio Rangel.
Rangel destaca ainda que o setor de base florestal de Mato Grosso está presente em 60 municípios. E, segundo ele, além da conservação da floresta e da aplicação de técnicas científicas, contribui com o pagamento de impostos para o Estado.
O presidente do Simenorte e CipemMT, Ednei Blasius, explica que as autoridades participantes, depois de conhecerem em detalhes os processos de um plano de manejo, através de palestras, terão outra visão do setor. “Tudo foi explicado de uma forma clara. Cada etapa. Também visitamos uma área que já foi explorada e outra intacta. A floresta tem uma grande capacidade de regeneração”, disse.
Durante o Dia na Floresta, além das palestras, também visitando uma área de manejo, onde receberam informações sobre como é feito o levantamento florestal, a classificação e a separação das árvores comerciais e exportadoras de sementes, remanescentes, além das árvores que já passaram por um processo de morte, e claro, esclareceram suas dúvidas.
“O plano de manejo é um mecanismo eficiente, que, além de fomentar a economia através da geração de empregos diretos e indiretos, também conserva a floresta”, disse Blasius. Segundo levantamento do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM/MT), o segmento é responsável por gerar mais de 12 mil empregos diretos, sendo, inclusive, a principal atividade econômica de algumas cidades do Estado.